No Brasil o tema é muito pouco falado, mas o assunto é sério. O Bisphenol-A é uma substância química adicionada a produtos plásticos feitos de policarbonato (PC). Em contato com os líquidos contidos em mamadeiras e garrafinhas de policarbonato o BPA acaba sendo dispersado nos líquidos ali contidos.
O Bisphenol-A age no corpo humano como se fosse estrogênio, ou seja, hormônio. 93% das crianças pesquisadas nos EUA apresentaram resultado positivo para o BPA nos exames de urina. Agora imagine os efeitos de estrogênio sendo servido ao seu filho desde a idade mais tenra!As pesquisas revelaram que tal substância pode estar relacionada à puberdade precoce, câncer de próstata e de mama, obesidade, diabetes, disfunções de tireóide, mudanças comportamentais como hiperatividade, entre outras patologias.
O Canadá se tornou o primeiro país a proibir a substância. Em seguida a França e a Dinamarca. No EUA, a ONG National Resource Defense Council (NRDC) deu entrada em um processo contra a Food and Drug Administration (FDA), pois ainda há uma certa resistência por parte do Governo. A União Européia acaba de proibir o uso de Bisphenol-A em mamadeiras. No Brasil, existe um projeto de lei 159/2010 em tramitação no Senado sobre o assunto, mas por enquanto, e infelizmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto.
Cabe a nós, portanto, divulgar esse tema e proteger nossos filhos. Para saber se a mamadeira, embalagem ou garrafinha que está sendo adquirida tem BPA, olhe embaixo do produto. Deve existir um triângulo com um número, se for 3 ou 7 tem policarbonato, logo, tem BPA. Se tiver a sigla PC, é policarbonato. Adquira produtos com a sigla PP (polipropileno) ou PES (polietersulfone) e verifique se há alguma indicação como “BPA FREE” ou “livre de BPA”. Outra dica: volte no tempo e resgate as mamadeiras de vidro.
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